Garatujar: Ruínas do Convento de Penafirme em Torres Vedras

20.11.11

Ruínas do Convento de Penafirme em Torres Vedras

22:55 | garatujado por Unknown |

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Convento de Penafirme | Torres Vedras

Convento de Nossa Senhora da Assunção de Penafirme Ruínas do Convento de Penafirme, junto à foz da Ribeira do Sorraia, Praia de Santa Rita, Torres Vedras Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público - igespar Decreto n.º 45/93, DR n.º 280, de 30-11-1993 Decreto n.º 29/90, DR n.º 163, de 17-07-1990


Nota Histórico-Artistica Segundo a Chronica da Ordem dos Agostinhos, escrita no século XVII por Frei António da Purificação, a fundação primitiva do Convento de Penafirme data de 840, sendo o edifício reedificado, nas palavras do cronista, no século XII (SILVA, Carlos G., www.cm-tvedras). Na realidade, as primeiras referências documentais à presença de eremitas em Penafirme datam de 1226, reportando-se à decisão tomada pela Câmara de Torres Vedras de doar algumas propriedades a "Frei Gaibetino (...) da Ordem de Santo Agostinho, para que aí se pudesse instalar com os seus companheiros" (Idem, ibidem). Esta referência confirma o historial das fundações agostinhas no reino de Portugal, que se iniciaram precisamente nesta época e da qual se destacou a fundação da casa-mãe, em Lisboa. Instalado num local ermo, junto ao mar, o cenóbio pouco terá crescido nos anos seguintes, recebendo diversas doações de nobres locais e esmolas da coroa ao longo dos séculos XIV e XV. No início do século XVI, a Ordem de Santo Agostinho passou por um período de profunda renovação, que alcançou o seu expoente no reinado de D. João III, com a execução da reforma da ordem dirigida por Frei Francisco de Vilafranca e Frei Luís de Montoya, na mesma época em que se fundava em Coimbra o Colégio da Graça. Em 1547 terá sido iniciada a edificação de um novo edifício conventual em Penafirme, junto ao cenóbio medieval. Devido possivelmente à pobreza da comunidade que ali estava sediada, a fábrica de obras prolongou-se até meados da centúria seguinte. Apenas em 1638 era sagrado o templo, dedicado a Nossa Senhora da Assunção, e no ano de 1642 ainda decorriam algumas obras no edifício conventual (Idem, ibidem). Infelizmente, o que resta do Convento de Penafirme são algumas ruínas, uma vez que depois da extinção das ordens religiosas, em 1834, o convento foi votado ao abandono, e a sua proximidade do mar provavelmente acelerou o processo de degradação do edifício. No entanto, na estrutura que ainda subsiste pode distinguir-se a planimetria do templo quinhentista, bem como do claustro e das dependências conventuais. Implantada longitudinalmente, a igreja possuía nave única e cabeceira quadrangular sem cruzeiro, apresentando vestígios de cobertura em abóbada de berço na nave e abóbada de arestas na cabeceira, num modelo de gosto maneirista. Catarina Oliveira IPPAR/2006 (nota e dados no site do igespar, este site contem ainda a Bibliografia do Convento de Penafirme)

tags: Convento de Penafirme, igespar, Imóvel de Interesse Público, Praia de Santa Rita, TORRES VEDRAS

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